Acabava de chover. E que chuva! Dava pra ver da janela do meu quarto.
Ouvi muitos trovões, vi muitos relâmpagos. O céu tava tão cinzento e eu senti um pouco de frio por causa do vento. Eu senti tudo isso dentro de mim também...
Todas as lágrimas que eu evitei chorar, e não foram poucas; a tristeza, a solidão... e em meio àquela multidão de jovens em busca de Deus, eu me senti uma estranha no ninho...
E essa sensação aumentava quando ele estava por perto. E piorava quando ele ficava do lado da linda gaúcha morena alta, alegre e simpática-enfim, a mulher perfeita!
Eu não me surpreenderia se eles estivessem juntos, porque eles formam um casal tão perfeito que eu seria simplesmente a vilã que tenta separar os mocinhos do filme!
E eu não quero mais esse papel na minha vida! Me sinto até mal de ter sentido ciúme ao vê-los juntos, porque eu gosto dela-já disse que ela é simpática, o que posso fazer?- e ela também não sabe do que eu sinto por ele. Aliás, o que ela faria se soubesse? Armaria um barraco, me acusaria de tentar roubar o seu homem? Ou não faria nada e me incentivaria a lutar pela minha felicidade? Jamais saberei porque jamais contarei pra ele muito menos pra ela!
Prefiro continuar sonhando com ele e o nosso romance impossível e bonito na imaginação.
Quer dizer, preferir não prefiro não, mas viver essa realidade ultimamente me dói tanto...
E como diz o ditado popular: no coração, ninguém manda.... Portanto, só me resta obedecer!
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