E de algumas coisas...

Palavras minhas, que talvez nunca serão ouvidas por quem eu quero que as ouça.
Ou que eu já disse, mas de outra forma.

Palavras que falam dos meus sentimentos e dos que estão próximos de mim.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Você pode provar?

Um dia, minha mãe ouviu, através de uma amiga, um boato de que eu teria feito um aborto!
Eu? Quando eu fiz aborto? Como ? Por que?
Só achei graça quando ela me contou, porque eu jamais faria isso!
Eu já ouvi várias histórias de conhecidas minhas que fizeram aborto...
Mas isso não quer dizer que eu faria também!
Cara, com que dinheiro eu pagaria um médico ou compraria ervas, remédios pra abortar?
Eu jamais pediria dinheiro nem aos meus pais nem a minguém pra fazer isso!
Como eu poderia ter feito um aborto, se nesses últimos tempos eu mais fico em casa do que saio?
Desde que o namoro acabou, eu meio que prefiro ficar em casa e só saio quando é necessário.
Aliás, quando eu fico em casa, sempre tem alguém comigo - portanto, alguém iria me socorrer se eu passasse mal, não é?
E por que eu faria um aborto?
Simplesmente pra tentar apagar uma irresponsabilidade minha de não me prevenir?
Eu não faria por várias razões, mas entre elas, é a falta de coragem, o medo da dor, a culpa por expulsar da minha vida alguém que eu sempre desejei...
Enfim, não se trata de religião; é uma escolha minha, simplesmente assim!

E se eu tivesse ficado grávida do Leandro, como eu poderia destruir a única lembrança linda da paixão absurda que vivemos?
Por vingança alguns podem dizer, já que ele preferiu a outra?
Tudo bem, eu confesso que naquela época, eu era muito imatura (mais que agora) e se tivesse rolado uma gravidez, não deixaria ele sequer suspeitar!
Isso quer dizer que naquela época, eu não contaria ao Leandro e teria esse filho longe dele.
Hoje eu penso (um pouco) melhor e não faria isso, por amor à criança.
Mas que me custaria muito, eu confesso (novamente), ver aquela mulher perto de um filho meu e dele, ah custaria... E como! Ninguém imagina!
Resumindo: abortar seria trazer sofrimentos desnecessários pra mim e principalmente, pra alguém inocente... Como eu disse antes, não suporto a dor, seja ela física ou emocional!
E de repente, o Leandro e eu poderíamos até ter uma relação cordial, pelo bem - estar dessa criança. Afinal, pai e mãe (mesmo que separados) devem deixar suas mágoas de lado e se unir quando se trata da felicidade de um filho. A criança não tem culpa dos erros dos pais!

E aí, você que lê esse blog, pode me perguntar: e se tivesse ficado grávida do Aurélio?
Bom, é um caso mais complicado, mas eu teria mesmo assim!
Complicado porque há doze anos nós dois éramos amigos e agora o que somos?
Não vejo o Aurélio há quase três meses nem sei como ele está.
E com um filho entre nós, essa distância que me faz tão bem, não poderia acontecer!
Eu fico aliviada disso não ter acontecido. Ele sempre deixou claro que tinha medo do que a mãe poderia pensar (e fazer) , que não queria ter um filho tão cedo e muito blá - blá - blá.
Pobre Aurélio, é tão covarde e nem tem idéia... Pensando bem, acho que sabe sim...

Pensando melhor ainda, mais covarde é quem tem coragem de tirar a vida de uma criança.

PS: Você, que falou que eu fiz um aborto sem ter prova, um dia vai ter o castigo que merece!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Palavras sobre Leandro

Dia desses, a Nana me elogiou pela capacidade de falar sobre o Leandro.
Segundo ela, uma pessoa que me magoou muito.
O que é verdade, mas eu também magoei muito ele, eu sei. 
Não é à toa que o nosso namoro terminou mal e os nossos encontros não são lá muito agradáveis...
Ela disse que o orgulho não a permitiria falar sobre certas coisas, do jeito que eu falo. Só que eu também sou orgulhosa-demorei pra reconhecer que estava me apaixonando pelo Leandro.
E também pra admitir que perdi o juízo quando estava com ele: antes, durante e depois daquela maldita parte da nossa história. E também que ele ainda mexe comigo...
Mas enfim, escrever sobre o Leandro é uma forma de desabafar... Provavelmente ele não tem computador nem internet; portanto, nunca vai ler o que eu já escrevi nesse blog sobre o que vivemos. E nem vai ler as palavras escritas nos meus cadernos.
São todas palavras de amor, de tristeza, de mágoa, de raiva.
Hoje em dia, o Leandro é um pai de família. Não existe mais razão pra ele saber desses sentimentos. Não faria a menor diferença ou talvez fizesse, sei lá...
Quem sabe, poderíamos ter uma relação cordial? Mas talvez seja melhor assim como está, né?
Antes eu não queria ser amiga dele, porque estava apaixonada e como eu disse antes, não terminamos de uma forma amigável. Hoje é porque simplesmente não faria nenhum sentido e soaria falso demais. Eu já sofri demais pra permitir que o Leandro volte pra minha vida, como um amigo. O que não quer dizer que eu não deseje o bem pra vida dele!
Eu não sou uma mulher tão amargurada assim!
Mas eu confesso que ainda não esqueci que há quase oito anos, fui trocada por aquela mulher.
Ainda não esqueci que um dia, ouvi ele dizer que aquela mulher era melhor do que eu.
Foi uma enorme humilhação. Às vezes, as palavras e os gestos dele naquela noite de doze de julho de dois mil, ecoam nos meus ouvidos.
E aí nessas horas, eu fico muito triste (até choro e ouço músicas tristes), mas nada como um dia após o outro... Eu não queria ser tão rancorosa nem guardar tanta mágoa, sabe?
Eu quero, de verdade, poder olhar nos olhos do Leandro e perdoá-lo por tudo de ruim que ele me fez! Mas... usando uma frase de minha própria autoria (e que com certeza, ele se lembra até hoje), infelizmente ele fez comigo o que as outras fizeram com ele a vida inteira...


PS: E quem garante que ela não faz ainda?