E de algumas coisas...

Palavras minhas, que talvez nunca serão ouvidas por quem eu quero que as ouça.
Ou que eu já disse, mas de outra forma.

Palavras que falam dos meus sentimentos e dos que estão próximos de mim.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Entre a dor e a delícia

Pode parecer que eu sei tudo sobre a maternidade.
Mas não, eu ainda não sou mãe, apesar dos meus 25 anos e de ver meninas (bem) mais novas do que eu, grávidas. E mesmo que eu fosse mãe, é claro que eu não saberia tudo!
Mas sei que ser mãe é uma benção, embora nem toda mulher consiga entender o que isso significa na vida dela. Tanto que algumas decidem não viver essa experiência, pelos mais variados motivos. 
Não julgo essas mulheres, mas não gostaria de morrer sem ter tido pelo menos um filho.

Enquanto a Scheila perdeu o Brian, a Rosana espera pelo Victor. Como dizem,  nem tudo na vida é como a gente gostaria que fosse. Tudo de bom ou ruim que acontece com a gente é por um propósito. Tudo bem que isso é verdade, mas vai dizer isso pra uma mãe que acabou de enterrar o seu filho...

Eu quero muito ser mãe. Meus filhos já têm até nome: Manuela e Luiz Guilherme. Desde que me entendo por gente, aliás, me lembro de já ter escolhido tantos nomes...  Mas tenho noção de ainda não estou pronta pra viver esse momento, que é uma mistura enorme de sentimentos (felicidade, medo, angústia etc). Quero formar uma família, ter um bom marido e que o meu filho tenha um um pai maravilhoso. Mas encontrar um bom marido e um pai maravilhoso num homem só é tão difícil! E é preciso condições emocionais e financeiras pra dar a uma criança tudo aquilo que ela merece: do amor (que é o fundamental) a um bom colégio.
Já percebi que é preciso ter forças pra encarar os momentos complicados que o nascimento de um filho pode trazer. Inclusive a morte, inesperada ou não, seja lá de que jeito for. Nenhuma mãe é preparada pra perder um filho. Ela sofre, e muito! Será sempre assim até o fim do mundo.

A dor de perder um filho é uma dor imensa, intensa e que não passa nunca, independente do avanço do tempo. Nada ou ninguém preenche aquele vazio que fica. Nem mesmo outro filho, porque cada filho tem o seu lugar cativo no coração de uma mãe.

Nossa, eu fiquei tão feliz em saber da gravidez da Rosana! Aliás, eu fico feliz com a gravidez de qualquer mulher. Mas voltando ao assunto... De repente, aquela menina de apenas 10 anos cresceu e se tornou uma moça de quase 21! É muito louco, não é?
Chorei de noite pela Scheila. Com certeza, ela não merecia sentir o peso dessa ausência-aliás, mulher nenhuma, mesmo que ela seja a sua pior inimiga. Porque sem dúvida, é a pior coisa que se pode desejar a uma mulher.

Espero que Deus console o coração da Scheila e a abençoe novamente com um filho, muito em breve. Ela é jovem, linda, ama um marido que a ama também... Logo a hora dela vai chegar!
E que o bebê da Rosana venha ao mundo com muita saúde e traga muita felicidade pra vida dela dela e do marido(sim, ela tem um marido!). Espero um dia poder ver essa criança, quem sabe?
Afinal, a gente não se vê há quase 8 anos! E ela quase não escreve no Orkut nem manda e-mail.
Mas se Deus quiser, um dia a gente se encontra...

Por falar em felicidade, será que só as mães são felizes?
Aliás, todas as mães são felizes?

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