E de algumas coisas...

Palavras minhas, que talvez nunca serão ouvidas por quem eu quero que as ouça.
Ou que eu já disse, mas de outra forma.

Palavras que falam dos meus sentimentos e dos que estão próximos de mim.

sábado, 15 de novembro de 2008

Mais uma vez sentir (O abraço)

Meu amor,

eu não sei por que sonhei, só sei que mais uma vez, esse sonho parecia muito real.
Eu prometi pra mim mesma que finalmente deixaria de te amar...
E aí, você aparece de novo no meu pensamento pra me perturbar...
Pelo visto, vai ser muito difícil de cumprir essa promessa.

Mas enfim... você olhou no fundo dos meus olhos e me abraçou bem forte.
Eu pude sentir o cheiro bom da tua pele macia e o meu corpo ser tocado pelas pontas dos seus dedos. E você pôde sentir os meus arrepios e também a minha emoção, porque os meus olhos estavam cheios d'água e eu quase chorei.

Eu senti também o seu calor e a sua respiração.
Tenho certeza de que por um instante, você sentiu a mesma coisa que eu.
Mais uma vez, nenhuma palavra foi dita, porque não foi necessário, porque não conseguiria explicar com clareza o que esse abraço causou em mim.
Esse abraço tão inesquecível, que durou tanto tempo na minha memória.
Você durou tanto tempo nos meus braços.

Eu senti seus lábios na minha pele, mas não beijou a minha boca, o que foi uma pena!
Eu tinha sede de te beijar como quem quer beber água.
Se eu tivesse coragem, te roubava um beijo pra guardar como lembrança.
Mas tudo bem, foi melhor não ter acontecido...
Provavelmente, esse beijo levaria a outras coisas e eu teria muito mais esperança, do que eu já estava começando a ter com esse abraço.

E eu já não posso mais ter esperança de ter você de novo.
Agora eu finalmente percebi que você não vai mais voltar pra mim.
Então, pra que me iludir, não é mesmo?
Por isso, eu me contento com o que você me fez sentir com esse seu abraço inesperado.
Ainda que esse abraço inesperado tenha sido pra mim apenas um sonho...

sábado, 1 de novembro de 2008

Segunda cartinha para Luana

Querida Luana,

espero que você tenha lido e gostado da minha primeira cartinha.
Escrevi com muito carinho e as lembranças de quando você era pequenininha, embora eu saiba que a gente não se vê há um tempão.
Estou alegre de ver que você se tornou essa mocinha linda das fotos do Orkut.
Com certeza, você já deve estar chamando a atenção dos garotos!
Pra falar a verdade, eu não sei te falar sobre esse assunto de namorados, porque o meu único namorado de verdade foi o seu irmão, o Leandro.
O Leandro foi o único cara por quem eu me apaixonei de verdade!
Bom, é melhor pular essa história, né?

Eu espero sinceramente que você aproveite o máximo possível a sua infância ou pré - adolescência, como preferir. E esqueça, por enquanto, a idéia de ter um namorado!
Você tem todo o tempo do mundo pra viver um grande amor.
Tomara que seja com alguém que você goste e que goste de você de verdade.
Enquanto isso, vai estudar, se divertir com as suas amiguinhas.
Seja uma menina de 12, 13 anos enquanto pode, porque depois isso não vai ser mais possível.
E aí você vai ficar tão triste...

Ainda é tão cedo pra você rimar amor com dor e eu tenho certeza de que no momento certo, virá alguém legal na sua vida.
Até lá, ame a sua família, os seus amigos, o seu cantor favorito...
Não desperdice tudo que você é e tem de bom, com os meninos bobos que pensam que são homens nem com os 'meninos grandes' que agem como os meninos da sua idade.
Como eu já disse antes, você vai ter o seu tempo de ser adulta e fazer as coisas dos adultos.
Não queira crescer antes da hora, mocinha! Crescer não é fácil, dói em alguns momentos!
Ouça os conselhos da sua mãe e das suas irmãs, elas estão mais pertinho de você e sabem te falar do mundo melhor do que eu, que estou longe.

Eu apenas estou escrevendo um monte de palavras soltas, movida a saudade daquele tempo em que eu te carregava no colo.
Nem sei se um dia você vai entender a razão de estar te escrevendo esse monte de palavras soltas. Talvez seja melhor que não entenda mesmo, sei lá.
Mas saiba que ainda lembro de todos os dias em que você fez parte da minha vida...

Adeus Aurélio

Aurélio,

eu nunca quis me afastar de você, nunca quis que 12 anos juntos fossem jogados fora.
Mas eu tive que escolher e eu tive que ser egoísta e escolhi a mim.
Você pode ter certeza que eu lamentei muito tudo isso, mas teve que ser assim.
E eu não sinto saudade nem arrependimento muito menos culpa.
Infelizmente, a nossa época já passou e não dá mais pra gente ser amigo ou qualquer outra coisa.
É uma pena que a nossa relação se tornou tão descartável.
Infelizmente tive que apagar o seu celular e o seu endereço da minha memória, mas até que não doeu.
Aliás, não dói ficar longe de você, eu sinceramente não sinto a sua falta.
Você não é mais aquele Aurélio que eu conheci há 12 anos!
Só estou te escrevendo porque tenho visto a sua mãe, mas ainda bem que ela não me reconhece.
Eu confesso que fico aliviada por você não me ligar nem aparecer na minha casa.
Acredite em mim, é melhor pra você também.
Encontrar você já estava ficando desagradável, já não sabia mais o que falar e estava ficando cansada de te ver e te ouvir.
Perdoa tanta sinceridade, mas eu não falaria nada disso se você não tivesse sido tão covarde comigo. Eu também tive culpa, não nego não.
Mas era tão difícil pra você dar uma chance de mudar o que existia entre nós?
Hoje eu vejo como fui burra de pensar que você era diferente dos outros caras que eu conheci.
Você, na verdade, era tão igual a eles e se escondia em pele de bonzinho e palavras bonitas.
Como amigo, você foi maravilhoso, esteve ao meu lado nos momentos mais complicados e nos mais alegres também.
Mas como homem, foi um fracasso. Só pensou em você e no seu prazer.
Queria provar que podia superar rapidinho o desprezo da vagabundazinha por quem se apaixonou. E depois que podia fazer aquela sua ex - namorada maluca de idiota, tendo um consolo pra quando ela não te queria.
Enfim, já passou, já acabou e é melhor tudo continuar como está: você lá e eu cá.
Eu não desejo o seu mal. De coração, eu quero que você fique bem, mesmo que você não me deseje o meu bem.
Agora você pode não entender os meus motivos.
Mas um dia, você vai até me agradecer por essa decisão.
Portanto, seja feliz... Longe de mim!