Depois daquele beijo

Eu confesso que relendo agora o último post, lembrei de uma coisa que eu tinha certeza que seria inesquecível. Quer dizer, é inesquecível, mas simplesmente eu prefiro não lembrar pra não pensar em tudo o que aconteceu depois. Inclusive nos momentos felizes!
Meu namoro com o Leandro começou com um beijo, um beijo que eu pedi.

Não sei o que me deu naquela tarde de cinco de fevereiro de dois mil...
Acho que não podia mais controlar o meu desejo por ele. Ou então me achava muito corajosa pra correr o risco de ouví - lo dizer que não me desejava, apesar do que diziam!
Seja lá qual for a verdadeira razão, o fato é que depois daquele beijo, eu nunca mais seria a mesma pessoa. Não me lembro de ter sido tão corajosa assim em algum momento da minha vida. Só sei que quando nos beijamos pela primeira vez, eu senti uma fogueira acesa dentro de mim. E ao mesmo tempo, um frio na barriga. Parece estranho, eu sei... Mas é tudo verdade! Naquele dia, eu não tinha como negar que eu tinha gostado daquele beijo.
Mas eu era muito orgulhosa pra admitir isso. Parecia mais fácil pra mim manter aquele jogo de gato - e - rato; do que assumir todo o desejo e a possibilidade de vir a amá - lo (coisa que acabou acontecendo, né?). Enfim, como todo ser humano, às vezes eu sou muito estranha!
Talvez o meu ciúme (que se tornou mais que exagerado, depois daquela mulher) era uma forma de esconder até de mim mesma que eu podia amá - lo, e ao mesmo tempo, fazer mal!
Que bizarro, né? Mas realmente podemos fazer mal pra quem amamos com desconfianças, acusações e barracos. Principalmente pra nós mesmos!
Eu tinha muito ciúme, não suportava ver outras garotas do lado dele e hoje vejo que isso me levou a um sofrimento tão desnecessário... Eu podia ter evitado tantas lágrimas, mas agora é tarde! Muito tarde!

Bom, apesar de tudo, sabe que eu não consigo ficar arrependida de ter começado tudo isso?...
Vai saber o que teria acontecido se eu não tivesse coragem de pedir aquele beijo...