E de algumas coisas...

Palavras minhas, que talvez nunca serão ouvidas por quem eu quero que as ouça.
Ou que eu já disse, mas de outra forma.

Palavras que falam dos meus sentimentos e dos que estão próximos de mim.

domingo, 27 de julho de 2008

Um dia inesquecível?

Na última quarta - feira, sozinha numa sala escura e olhando a Ataulfo pela janela, lembrei que no dia 12 fez 8 anos que o Leandro e eu nos separamos.
Ou melhor, o Leandro se separou de mim!
Eu tinha esquecido desse detalhe, pois só lembrei do aniversário da minha amiga Ana Paula.
Que bom que eu esqueci do lado ruim desse dia, né mesmo?

Ultimamente não tenho pensado mais no Leandro... Faz 2 anos e pouco que eu não o vejo.
Mas se eu o visse agora, o que eu diria? Qual seria a minha reação diante dele?
Provavelmente, ele não seria lá muito gentil comigo, por causa daquele dia em que eu o maltratei no meio da rua, em um dos nossos últimos encontros.
Não o julgo, nós dois temos muitas mágoas um do outro, e razões pra isso.
Se o Leandro disser que não tem mágoa de mim, está mentindo!
A essa hora, ele deve estar em casa com aquela mulher e o filhinho que tiveram.
E com a mãe e os irmãos também, pois me falou que ainda mora no mesmo lugar.

Aliás, por falar em lugar, quantas vezes eu saí como louca, atrás dele nas horas em que deveria estar em outro lugar?
A paixão nos deixa fazer cada loucura... E eu fiz muitas quando estava com o Leandro.
Fiz achando que ele fosse ficar comigo por muito tempo! Que idiota eu fui...
Eu deixei a paixão se aproveitar da imaturidade dos meus 18 anos, posso dizer.
Mas agora com 26, não posso mais fazer essas loucuras ridículas de novo!
E é muito tarde pra voltar atrás em tudo que aconteceu entre nós dois.
Muito tarde pra não ter percebido o envolvimento do Leandro com aquela mulher, muito tarde pra tomar cuidado com o meu ciúme, gostar mais de mim e respeitar os conselhos que papai e mamãe me dão de vez em quando...
Enfim, é muito tarde pra fazer o que no fundo, eu sabia que era certo, mas não fiz.

E hoje depois de muitas lágrimas perdidas, eu sei que posso continuar a minha vida, com ou sem um homem. E que preciso tomar conta de mim, do meu coração, da minha vida...
Como já disse antes, eu não fico arrependida de ter me entregado ao que sentia pelo Leandro. Ainda que tenha sido uma paixão avassaladora e doente, que durou pouco tempo.
Mas nunca mais quero sentir toda aquela dor que eu senti ao lado dele, de novo.
Já basta uma vez o meu coração se enganar tanto com um homem!
Chega de ser traída, de ser humilhada! Chega de sofrer e fazer o outro sofrer!

Já passou, e agora eu desejo que o Leandro esteja bem. Só isso!
Mesmo que ele não deseje o mesmo pra mim...




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