Meu caro amigo,
tudo que eu queria era esquecer que ele existe!
Mas não, quando ele aparece, não posso evitar o que eu sinto!
Quer dizer, evito mostrar o que eu sinto...
Ninguém precisa saber de nada, porque não é da conta de ninguém!
Nem ele também, ele não precisa saber que me acho inadequada pro seu gosto e não pretendo fingir quem não sou para conquistá-lo um dia.
Se ele tiver que ser meu, vai ter de me aceitar assim como sou: um mistério esperando pra ser desvendado.
Ele não precisa saber que eu sinto ciúme de vê-lo com outras meninas, de ouvir com quantas meninas ele já saiu, de ouvir elas contando como foi beijar ele...
Que eu quero explodir de afeto quando estamos a sós e não consigo...
E que eu me sinto assim desde o primeiro dia em que o vi.
Não é aquela coisa de amor à primeira vista.
Mas sei que em algum momento o que eu sentia mudou.
Não sei dizer quando e porque mudou.
E até hoje não sei lidar com isso.
Mudar os meus horários não vai me ajudar em nada.
Acredite em mim!
Eu sentiria saudade, imensa e intensa.
O que eu preciso é decidir se continuo sentindo silenciosamente todo esse afeto louco ou me livro dele de uma vez por todas.
É difícil conviver com isso, porque o tempo todo eu fujo do que sinto.
Mas não consigo me convencer de que ele não mexe comigo e eu não o desejo.
Eu não posso sentir aquilo que o meu coração não quer sentir.
Nem posso mais falar algo sobre isso que não seja verdade.
Meu caro amigo, você já sabe o meu segredo.
E eu peço, mais uma vez, que fique calado e esqueça o que ouviu de uma bêbada em um churrasco à noite.
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