E de algumas coisas...

Palavras minhas, que talvez nunca serão ouvidas por quem eu quero que as ouça.
Ou que eu já disse, mas de outra forma.

Palavras que falam dos meus sentimentos e dos que estão próximos de mim.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tudo que um dia eu vou te dizer

Quando será que eu vou te encontrar de novo, Leandro?

Eu queria te falar tantas coisas. Queria não, quero.
Quero me libertar finalmente de tudo que ainda me prende a você.
Quero finalmente te perdoar por ter me traído.
Quero me perdoar por ter te perdoado só com a minha boca, e não com o meu coração.
Quero me perdoar por não ter falado na sua cara tudo aquilo que eu senti por você.
E eu senti muitas coisas, meu querido, muitas coisas.

Desde o início, eu já me sentia atraída por você.
Mas a minha implicância burra não me deixava admitir.
Como sempre, achei mais fácil esconder, mentir enfim.
Mas quando rolou o nosso primeiro beijo, nem sei explicar o que senti.
Até hoje não sei como tive coragem de te pedir aquele beijo e você de aceitar.
O que eu sei é que eu te queria desde o início...

Mas sei que deveria ter falado tantas coisas pra você, Leandro.
Você deveria saber que eu tinha medo de me entregar, por mais tesão que eu tivesse por você.
Naquela época, a melhor frase pra definir esse tesão era "O meu sangue ferve por você", como bem falou Magal.
Era só você se aproximar e eu me sentir prestes a explodir.
Mas eu não sabia o que fazer com isso, tive medo, muito medo.

Eu era uma menina insegura, imatura, medrosa.
E você já teve as suas experiências antes de mim, sabia o que fazer comigo.
Provavelmente você deve ter se irritado com as minhas recusas em me entregar.
E deve ter pensado em algum momento que eu não te desejava.
Mas não é verdade, eu te desejava, e como te desejava, Leandro...
Mas a verdade é que todo sentimento que você despertou em mim me assustou absurdamente..
Tanto o tesão quando nos conhecemos quanto a raiva, a mágoa, o ressentimento quando você me traiu.
E que eu não sabia e não sei até hoje lidar com esses sentimentos!

Deveria ter mostrado a minha fúria quando você beijou a Simone pra me deixar com ciúmes.
Deveria ter falado que sumi por uma semana porque fiquei com medo e vergonha e achei que estávamos indo muito rápido.
Deveria ter me defendido de quando você me acusava.
Deveria ter gritado ao mundo que você me incomodava quando falava na outra, dizia o que ela gostava, ou me fazia engolir a seco a presença dela.
Deveria ter feito tantas coisas, mas eu não fiz. E sabe porquê não fiz?
Porque a única coisa que me interessava era manter você do meu lado.
E se eu tivesse que desistir de mim pra isso, eu faria e fiz!
E fiz coisas que eu dizia ser ridículas, como te ligar e pedir uma última noite de amor, ir atrás de você na escola...

Você, Leandro, mexeu comigo da forma mais absurda e inimaginável possível.
Me provocou os instintos mais primitivos, animalescos, selvagens...
E eu fazia pose de mulher forte, segura, madura pra aceitar as suas provocações.
Mas eu era apenas uma menina assustada, que acabou sendo qualquer uma, sendo fácil demais.
Que fazia qualquer coisa pra não perder o seu brinquedo...
Não é à toa que eu faço terapia há quase dois anos!

Só queria dizer que penso em você em todas as vezes que passo nos lugares onde ficamos juntos.
E também que não te culpo mais por ser infeliz e não conseguir mais gostar de um cara.
E que na verdade, você tem razão: eu nunca mais vou encontrar alguém como você.
Mas não porque você tenha sido o melhor namorado do mundo.
E sim porque você foi o primeiro, mas o próximo namorado será melhor que você.

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