Uma carta para Gal

Gal,

que bom que você me adicionou no seu orkut.
Isso significa que você não tem nenhum problema comigo, como eu sempre pensei que tivesse. Fico feliz em ver que você está bem e se tornou uma mulher muito bonita também.
E fico feliz em ver que os seus irmãos também estão bem.

Putz, como o Luan e a Luana cresceram!
Eu me lembro até hoje de quando eu carregava eles nos meus ombros e passeava pelos becos perto da sua casa... Eles tinham apenas três anos, mas parece que foi ontem.
Lembro também dos beijinhos do Luan, de quando a sua mãe brigava com eles e aí eles vinham chorando me abraçar... Eu adorava estar com eles.
E de uma hora pra outra, eles estão daquele tamanho.
Meu Deus, como me senti velha vendo as fotos dos dois, Gal...

A Gabi também tá uma moça linda pra caramba, nossa...
Me lembro que uma vez eu tava na janela a ver seu irmão brincando com o Luan e a Luana e aí ela ficou passando a mão nos meus cabelos.
A Gabi sempre foi um pouco mais distante de mim, mas mesmo assim eu gostava dela, sabe?
A imagem dela que ficou na minha memória é a da menininha sapeca de óculos, que gostava de correr, de brincar na rua e de cantar pela casa. E que batia nos irmãos, me lembro de já ter visto ela brigando com você e a sua mãe brigando com as duas!
Sempre achei que ela seria uma mocinha bonita que daria muito trabalho pro seu irmão, mas vê -la com um filho é tão surpreendente.
Aliás, diga a ela que o Renan é um menino muito bonito. Deus o abençoe!

Por falar na sua mãe, ela tá linda (claro que não mais do que a minha, é claro!), hein?
Espero que dona Lourdes ainda esteja a mesma mulher doce e guerreira de sempre.
Sinto muita saudade dela e de seu afeto sincero por mim.
Vejo pelas fotos que ela tá bem e que Deus a conserve assim por muito tempo...

Bom, não sei se você leu o que eu venho escrevendo sobre o Leandro.
Mas saiba que não quero fazer mal ao seu irmão, nem desejo mal algum a ele.
Porque eu ainda amo muito o Leandro.
E é esse amor que ultimamente me move a escrever nesse blog.
Eu tentei durante anos viver como se tivesse o esquecido, mas se um dia você ler o "Manifesto do amor ao ex", você verá que nunca foi verdade que deixei de amá - lo.
Escrevi tudo que escrevi ultimamente porque ficou difícil segurar tudo isso dentro de mim!
Carregar esse grande amor não é fácil, e eu sei que tratei muito mal o seu irmão nas poucas vezes que nos encontramos após o fim do nosso namoro.
Mas é porque existe um lado meu muito ressentido, magoado com a escolha dele.
Como eu costumo dizer, ele decidiu por mim e eu simplesmente tive que respeitar essa decisão.

Eu nunca quis ficar longe do Leandro, nunca.
Mas já que aconteceu, eu não posso demonstrar que ele ainda mexe muito comigo.
O Leandro ainda me inspira a escrever um monte de coisas que eu queria que ele soubesse e pudesse entender cada palavra. Nos meus cadernos também tem outro monte de palavras de amor. Enfim, espero que nem você nem ninguém da sua família ou mesmo seu irmão fiquem ofendidos com o que foi escrito sobre ele nesse blog.
Pois a única pessoa que pode se ofender com esse amor imenso e resistente no meu coração sou eu. Ninguém mais.
Eu não preciso mais expôr a minha dor para as pessoas, porque agora eu já desabafei.
Mas também não vou mais mentir sobre o que sinto pelo seu irmão, até porque já é público!

Perdoe tanta sinceridade, Gal.
Mas achei que de repente, sei lá, poderia te explicar antes sobre o que eu escrevi sobre ele aqui nesse blog.
Antes que você pudesse tirar conclusões erradas sobre mim e os meus sentimentos.
Resolvi te escrever porque simplesmente deu vontade, entende...
Não sei se consegui te dizer tudo, mas o que tá aqui é sincero e de coração, viu?

É uma pena que a gente nunca pôde conversar assim por um tempão, sabe?
Mas saiba que se precisar de uma amiga, tô por aí... Por que não?
Quem sabe pode acontecer uma boa amizade, não é?
Se você quiser, podemos começar...
Pra terminar, eu desejo que Deus abençoe você e a sua família eternamente e que todos sejam muito felizes!

Se cuida. Beijos, Nina.

PS: Perdoe se a carta ficou muito longa, mas eu precisava falar...